Neurotransmissores e Colinesterase (Blog N. 532 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta Voz
sábado, 24 de março de 2012
Um remédio amplamente usado para tratar formas leves de demência, inclusive o mal de Alzheimer, também se mostrou eficaz no controle desta doença em estágio avançado, revelou um estudo publicado na última quarta-feira (7).
Segundo os autores da pesquisa, o uso deste medicamento por pacientes com Alzheimer em estágio avançado permitiria retardar os piores efeitos desta doença mental irreversível, que afeta 18 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Durante o teste clínico feito para este estudo, os pacientes que continuaram tomando o medicamento Aricept (donepezil) tiveram consideravelmente reduzida a perda da capacidade cognitiva, a memória, a orientação e os conhecimentos linguísticos em comparação com os que ingeriram um placebo, afirmaram os cientistas.
O estudo será publicado na edição desta quinta-feira da revista médica americana New England Journal of Medicine.
"Os efeitos benéficos observados com a continuação do tratamento com Aricept foram clinicamente significativos e superiores aos observados nos pacientes que sofrem de uma forma menos severa de mal de Alzheimer", acrescentaram os médicos.
"Quando os pacientes avançavam para formas mais graves do mal de Alzheimer, os médicos enfrentavam a difícil decisão de continuar ou não tratando-os com Aricept porque até agora havia pouca evidência clínica para orientá-los", disse o professor Robert Howard, do King College de Londres, autor principal do estudo.
"Agora, pela primeira vez, temos indícios sólidos e irrefutáveis de que o fármaco ajuda os pacientes em estágios mais avançados e graves da doença", acrescentou.
Este estudo incluiu 295 pacientes de Londres e de 14 cidades britânicas para avaliar os efeitos de vários remédios, inclusive o Aricept, fabricado pelo laboratório americano Pfizer.
A pesquisa foi financiada pelo Conselho de Pesquisas Médicas do Reino Unido (MRC) e pela associação britânica Alzheimer's Society.
Experimento americano mostra efeitos positivos na luta contra o Alzheimer
Publicação: 14/03/2012 10:05 Atualização: 14/03/2012 10:09
Um medicamento contra o câncer, já em teste em humanos, poderá reverter danos cerebrais provocados pelo mal de Alzheimer. A droga epothilone D, que, nos Estados Unidos, está na fase dois de ensaios clínicos, tem o potencial de estabilizar neurônios em processo de degeneração, além de melhorar a memória e o aprendizado. O estudo da substância como potencial arma contra doenças neurológicas foi feito em ratos, mas os pesquisadores estão animados e otimistas com os resultados.
A ciência já comprovou que o mal degenerativo está associado a dois problemas: um, o acúmulo de placas de gordura no espaço entre os neurônios; dois, os emaranhados neurofibrilares. Esses últimos se caracterizam por verdadeiros nós que surgem no cérebro. Por uma causa ainda desconhecida, uma proteína chamada tau começa a perder a função, destruindo os microtúbulos, estruturas consideradas os “esqueletos” das células. Quando atingidas, essas membranas em formato cilíndrico ficam retorcidas, formando uma confusa teia.
A ciência já comprovou que o mal degenerativo está associado a dois problemas: um, o acúmulo de placas de gordura no espaço entre os neurônios; dois, os emaranhados neurofibrilares. Esses últimos se caracterizam por verdadeiros nós que surgem no cérebro. Por uma causa ainda desconhecida, uma proteína chamada tau começa a perder a função, destruindo os microtúbulos, estruturas consideradas os “esqueletos” das células. Quando atingidas, essas membranas em formato cilíndrico ficam retorcidas, formando uma confusa teia.