CNS recebe auditorias sobre aplicação da EC 29

(Do site do SIN MED MS)

14/07/2010

Já está no Conselho Nacional de Saúde o resultado das 27 auditorias realizadas pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS - Denasus em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal sobre o cumprimento da EC 29.

Segundo os relatórios, deixaram de ser investidos na saúde nos anos de 2006 e 2007, cerca de 12 bilhões de reais. Além disso, foram muitos os Estados que computaram gastos com saneamento, aposentadorias e pensões e outros pagamentos diversos e indevidos como assistência à saúde, em uma burla quase que sistemática que tem significado o comprometimento do Sistema na ponta e que não atendem ao princípio da universalidade.

O desrespeito aos conselhos estaduais de Saúde também é apontado nos relatórios, assim como a aprovação das contas dos estados com irregularidades, pelos conselhos e Tribunais de Contas de estados, localidades que comprovadamente não aplicaram adequadamente os recursos.

Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Tocantins deixaram de investir na saúde para aplicar no mercado financeiro.

Os estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul estão entre os que mais desrespeitam a aplicação mínima de 12% e a definição do que são gastos em saúde.

Os resultados das auditorias serão tema de debate no Pleno do CNS, além de serem enviados ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal.

Segundo o presidente do CNS, Francisco Batista Junior, cada Estado terá sua situação analisada separadamente.

"As sanções cabíveis serão definidas, e vão desde processo por improbidade administrativa até a perda de autonomia para gerenciamentos dos recursos e intervenção no Estado", explicou.

Fonte : CNS

"Mas o que é a resiliência? " (Danuza Peixoto)

"Mas o que é a resiliência?
Basicamente é aquela capacidade de superar as dificuldades, de não se deixar abater pelos problemas"

Pessoas chorando, algumas até desesperadas. Muitas pessoas sofrendo e arrastando o dor até o final do dia, como se fosse um luto. E... outras pessoas que sentiram pelo que aconteceu, mas logo em seguida voltaram de cabeça erguida para o trabalho e mandaram “bola para frente”!

Após uma situação difícil ou que cause frustração, por que as pessoas reagem de maneiras tão diferentes?

A resposta parece que está associada, dentre outras condições, à diferença de resiliência entre as pessoas. Mas o que é a resiliência?

Basicamente é aquela capacidade de superar as dificuldades, de não se deixar abater pelos problemas. Não que a pessoa não sinta ou sofra, mas a pessoa resiliente é capaz de “dar a volta por cima” sem se afundar nas dificuldades.

Há um estudo por exemplo, com veteranos de guerra, que passaram por dificuldades e estresse psicológicos violentos, que mostram que a resiliência é capaz de proteger o sujeito de um dos principais transtornos mentais associados a essas condições que é o transtorno de estresse pós-traumático. Sujeitos resilientes nesse estudo ainda mostraram menor consumo de álcool, menos problemas de saúde e menores sintomas de depressão.

Existe ainda uma preocupação em desenvolver a resiliência em crianças e adolescentes, para que possam superar os sofrimentos e conflitos evitando por exemplo, que caiam no abuso de drogas. É claro que para tanto, as crianças não devem ser superprotegidas, de modo a perceber que situações desagradáveis e dolorosas fazem parte da vida e que na maioria das vezes elas podem aprender a superá-las.

Boa parte dos líderes respeitados mundialmente são pessoas altamente resilientes, que foram capazes de manter a esperança e a crença em seus potenciais em condições aparentemente insuportáveis. Lembrando novamente da Copa do Mundo, e do país que sedia este evento, é impossível deixar de lembrar um exemplo de resiliência: o próprio Nelson Mandela.

Dicas de leitura

Green KT, Calhoun PS, Dennis MF; the Mid-Atlantic Mental Illness Research, Education and Clinical Center Workgroup, Beckham JC. Exploration of the resilience construct in posttraumatic stress disorder severity and functional correlates in military combat veterans who have served since September 11, 2001. J Clin Psychiatry. 2010. [Epub ahead of print].

Enfermeiros iniciam greve na Santa Casa por reajuste

O Siems (Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem) apelou para o dissídio coletivo e iniciou greve hoje na Santa Casa de Campo Grande. Agora vai tentar na Justiça do Trabalho acertar reajuste salarial.

Sem avanços na negociação por aumento de 15%, a categoria resolveu cruzar os braços desde às 7 horas desta segunda-feira.

A Santa Casa oferece 2%. “Isso não corrige nem o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)”, diz Helena Delgado, presidente do Siems. “A adesão é de quase 100%. É difícil alguém aceitar ficar lá dentro, trabalhando”, garante. Porém, a manifestação desta manhã tem apenas cerca de 50 pessoas.

O hospital, maior do Estado, tem cerca de 850 profissionais da enfermagem. A concentração dos grevistas ocorre na rua 13 de maio, na unidade do Prontomed.

Com faixas reivindicando “dignidade”, eles prometem fazer protestos durante todo o dia e por tempo indeterminado.

O novo presidente da entidade, Jorge Martins, recebeu a categoria na terça-feira passada. “Ele disse que ia discutir o assunto, mas não retornou”, justifica a presidente do sindicato.

Na sexta-feira o Sindicato entrou com a ação na Justiça do Trabalho porque a data-base foi em abril.

Apesar da manifestação, o sindicato garante que urgência e emergência terão atendimentos normais. “A população pode ficar tranquila porque urgência e emergência vão ser prestadas com qualidade”

Atualmente, os salários dos profissionais da enfermagem variam de R$ 500,00 a R$ 800,00 para nível médio e R$ 2 mil para os que têm nível superior.

Na Santa Casa, a assessoria de imprensa aguarda nota oficial da direção do hospital sobre a greve da enfermagem.

Ângela Kempfer e Aline Queiroz/Campograndenews

Terceiro mandato de Lula é Dilma Presidente (Coronel Paim)