Neurotransmissores e Colinesterase (Blog N. 532 do Painel do Coronel Paim) - Jornal O Porta Voz
sexta-feira, 21 de junho de 2019
sábado, 15 de dezembro de 2018
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Inibidores da Colinesterase
Os inibidores da colinesterase promovem um alívio dos sintomas da Doença de Alzheimer em algumas pessoas, durante um período limitado de tempo. Estes medicamentos são comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde. Atualmente não existem fármacos aprovados para as outras formas de Demência.
Acetilcolina
As células nervosas do cérebro comunicam umas com as outras através da libertação de substâncias químicas; estas substâncias químicas são denominadas por neurotransmissores. A acetilcolina é um neurotransmissor importante para a memória. As pessoas com Doença de Alzheimer têm níveis baixos de acetilcolina no cérebro.As enzimas designadas colinesterases destroem a acetilcolina no cérebro. Se a sua ação for inibida, mais acetilcolina estará disponível para a comunicação entre os neurónios.
Como funcionam os fármacos inibidores da colinesterase
Os fármacos inibidores da colinesterase travam ou inibem as enzimas de destruir a acetilcolina, quando esta passa de uma célula para outra. Isto significa que a acetilcolina, que existe em menores concentrações nas pessoas com Doença de Alzheimer, não é destruída tão rapidamente, o que leva a uma maior possibilidade de passar para a célula nervosa seguinte.Os inibidores da colinesterase têm como resultado concentrações mais elevadas de acetilcolina, conduzindo a um acréscimo da comunicação entre as células nervosas, o que por sua vez pode, temporariamente, melhorar ou estabilizar os sintomas da Demência.
A utilização de inibidores da colinesterase é apenas uma das abordagens farmacológicas possíveis para o tratamento dos sintomas da Doença de Alzheimer. Existem outros neurotransmissores envolvidos, que também podem ser importantes.
O que é que os fármacos inibidores da colinesterase fazem?
O efeito destes fármacos varia consoante as pessoas. Algumas não notam qualquer efeito. Outras podem sentir que seus sintomas melhoram ligeiramente. E outras ainda, apesar de esperarem que os seus sintomas se agravassem progressivamente, ficam estabilizadas na mesma situação. Não existe maneira de prever como um indivíduo irá responder aos fármacos.As áreas em que algumas pessoas com Doença de Alzheimer sentem melhorias são:
- Capacidade de pensar com clareza;
- Memória;
- Funcionamento nas atividades diárias;
- Sintomas comportamentais e psicológicos;
Os fármacos funcionam durante quanto tempo?
Os ensaios indicam que os inibidores da colinesterase, em média, retardam a progressão dos sintomas cerca de 9 a 12 meses. O que não significa que estes fármacos devam ser interrompidos após os 9 meses, uma vez que a interrupção pode fazer com que o atraso na progressão dos sintomas se perca. Algumas pessoas com Demência relatam benefícios por períodos de tempo mais longos e algumas pesquisas recentes demonstraram que estes benefícios podem durar até cinco anos.Fármacos inibidores da colinesterase registados em Portugal
Atualmente existem três inibidores da colinesterase licenciados para utilização em Portugal. De seguida apresentam-se informações gerais sobre estes medicamentos, que só podem ser prescritos por um médico. Antes de tomar o medicamento deve ler a bula com atenção.Donepezil
Rivastigmina
Cápsulas
A Rivastigmina é tomada duas vezes por dia, normalmente nas refeições da manhã e da tarde. A dose é aumentada gradualmente a partir de 1.5 mg, duas vezes por dia, até um máximo de 6 mg, duas vezes por dia. Estão disponíveis cápsulas de 1.5, 3, 4.5 e 6 mg.
Solução oral
A solução líquida pode ser tomada diretamente ou misturada com água ou sumo de fruta.
Adesivo Transdérmico
A Rivastigmina também está disponível em adesivo transdérmico, em que a administração do fármaco é feita através da pele, em vez de ser por via oral, o que pode reduzir os efeitos secundários gastrointestinais. Existem adesivos transdérmicos de 5mg e 10mg. O tratamento geralmente começa com um adesivo transdérmico de 5mg por dia. Ao fim de um mês a dose é, geralmente, aumentada para 10mg por dia.
Galantamina
Existem efeitos secundários?
Algumas pessoas que tomam os inibidores da colinesterase experimentam alguns efeitos secundários. Os potenciais efeitos secundários destes fármacos são mais comuns quando alguém os toma pela primeira vez e na maioria das vezes diminuem com o tempo. Os efeitos secundários mais prováveis são a diarreia, náuseas, vómitos, cãibras musculares, diminuição da tensão arterial, insónia, fadiga e perda de apetite. Outros efeitos secundários relatados são as tonturas e os pesadelos. Se a dose for aumentada gradualmente, a probabilidade de ocorrência de efeitos secundários será menor.É necessário ter cuidado nas pessoas que têm história de úlcera péptica, asma, doença hepática ou renal ou frequência cardíaca muito lenta.
O tipo e a taxa de efeitos secundários variam dependendo do medicamento prescrito e da resposta individual do utilizador. Recomenda-se que esta questão seja discutida com seu médico.
Estes fármacos são eficazes para todas as pessoas com Demência?
Existem algumas evidências de que quanto mais cedo iniciar estes fármacos, melhor será para a pessoa.Os ensaios clínicos sugerem que os inibidores da colinesterase podem proporcionar benefícios limitados nas pessoas que estão nos estádios mais avançados da Doença de Alzheimer e nas pessoas com Demência com corpos de Lewy e Demência vascular.
Existem, também, pesquisas em curso para a utilização de formas alternativas dos inibidores da colinesterase, tais como formas de libertação lenta e injetáveis, que podem ajudar as pessoas que não respondem às formas atualmente disponíveis ou não toleram os efeitos secundários.
Os ensaios clínicos não demonstraram diferenças na eficácia dos inibidores da colinesterase em relação ao sexo, idade ou origem étnica.
Estes fármacos tratam apenas os sintomas da doença de Alzheimer e não são uma cura - não existe qualquer evidência de que possam travar ou reverter o processo de lesão celular que causa a doença. É, também, importante compreender que estes fármacos não ajudam todas as pessoas que os experimentam e que não se consegue prever a resposta de um indivíduo ao tratamento.
Como obter tratamento
É importante que a pessoa tenha um diagnóstico e avaliação adequada para determinar se tem Doença de Alzheimer e se está no estádio ligeiro a moderado da doença.A avaliação e prescrição destes fármacos é realizada por um especialista, tal como um neurologista ou psiquiatra.
Sempre que uma pessoa começar a tomar um medicamento novo, o médico, paciente e familiares devem discutir os potenciais efeitos secundários e a forma como o fármaco pode interagir com os outros medicamentos que a pessoa esteja a tomar.
Todo e qualquer medicamento só pode ser prescrito por um médico. Só o médico tem conhecimentos para prescrever um medicamento, alterar a sua dosagem ou eliminar o medicamento do tratamento da pessoa;
Existe algum subsídio disponível para estes fármacos?
Os medicamentos Donepezil, Rivastigmina e Galantamina são comparticipados, escalão C (37%), pelo Serviço Nacional de Saúde. Os pensionistas com determinados rendimentos beneficiam ainda de um acréscimo na comparticipação de 15% ou 95% para os casos em que o preço de venda ao público exceda certo valor.*Postado por carlos PAIM
sábado, 23 de maio de 2015
COMO AGE A DROGA MEMANTINA?
Sabe-se que a acetilcolina é um neurotransmissor muito importante e diretamente relacionado com a doença de Alzheimer, porém não é o único.
Existe aproximadamente uma centena de outros neurotransmissores que também podem estar intimamente envolvidos na etiologia da enfermidade.
Há um neurotransmissor chamado glutamato cujo excesso é altamente tóxico para os neurônios.
O excesso de glutamato promove a entrada maciça de cálcio no interior do neurônio, levando-o à morte.
Conclui-se que, se esse excesso for controlado e bloqueado automaticamente, os neurônios serão preservados.
A memantina age exatamente assim, impedindo que o excesso de glutamato atue sobre a molécula receptora do glutamato do neurônio adjacente, evitando a entrada excessiva de cálcio, que levaria à morte neuronal
http://www.alzheimermed.com.br/perguntas-e-respostas/como-age-a-droga-memantina
Sabe-se que a acetilcolina é um neurotransmissor muito importante e diretamente relacionado com a doença de Alzheimer, porém não é o único.
Existe aproximadamente uma centena de outros neurotransmissores que também podem estar intimamente envolvidos na etiologia da enfermidade.
Há um neurotransmissor chamado glutamato cujo excesso é altamente tóxico para os neurônios.
O excesso de glutamato promove a entrada maciça de cálcio no interior do neurônio, levando-o à morte.
Conclui-se que, se esse excesso for controlado e bloqueado automaticamente, os neurônios serão preservados.
A memantina age exatamente assim, impedindo que o excesso de glutamato atue sobre a molécula receptora do glutamato do neurônio adjacente, evitando a entrada excessiva de cálcio, que levaria à morte neuronal
http://www.alzheimermed.com.br/perguntas-e-respostas/como-age-a-droga-memantina
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Receptores glutamatérgicos AMPA e NMDA, cujo papel é essencial para a memória e a plasticidade sináptica.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Quase um terço da população mundial tem sobrepeso ou obesidade
El País Brasil 29 Mai de 2014 - 20:48
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Foto: AP
Duas mulheres obesas conversam em Nova York
A epidemia de sobrepeso e obesidade avança desenfreada pelo mundo afora e já atinge 2,1 bilhões de pessoas no planeta, quase um terço da população mundial, segundo um estudo publicado quinta-feira na revista médica The Lancet. O texto alerta que, entre 1980 e 2013, os índices de obesidade em adultos passaram de 28,8% para 36,9% nos homens, e de 29,8% para 38% nas mulheres em todo o mundo. O índice de massa corporal de pessoas com sobrepeso oscila entre 25 e 30, enquanto o dos obesos é superior a 30.
O estudo, realizado pelo Instituto de Medições Sanitárias (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, com dados colhidos em 188 países durante os últimos 30 anos, confirmou um aumento “significativo e generalizado” de pessoas obesas e com sobrepeso desde 1980, quando o número total era de 857 milhões. “Em 30 anos, nenhum país conseguiu reduzir os números da obesidade”, diz Christopher Murray, diretor do IHME.
De acordo com a pesquisa, a epidemia desacelerou entre os adultos dos países desenvolvidos, mas tende a se deslocar para os jovens. A parcela de crianças e adolescentes com este problema aumentou quase 50% em todo o mundo desde 1980. Em 2013, tinham sobrepeso ou obesidade 23,8% dos meninos e 22,6% das meninas dos países desenvolvidos. A prevalência da epidemia também cresceu nos jovens dos países em desenvolvimento, alcançando 12,9% dos meninos e 13,4% das meninas em 2013. “A obesidade é um problema que afeta pessoas de todas as idades e rendas em qualquer lugar”, diz Murray. O informe indica que, nos países desenvolvidos, a obesidade afeta mais os homens, enquanto nas áreas em desenvolvimento, a epidemia tem mais incidência entre as mulheres.
Com 13% da população mundial de obesos, os Estados Unidos são o país com maior número de pessoas nessa condição. EUA, Brasil e México somam a metade do total mundial.
Na Espanha, a obesidade ou o sobrepeso afeta 27% dos jovens do sexo masculino abaixo de 20 anos, e 23,8% das jovens nessa idade. Em adultos, as cifras sobem para 62,3% dos homens e 46,5% das mulheres.
Os pesquisadores calculam que a epidemia causou 3,4 milhões de mortes em 2010 e as expectativas não parecem otimistas. “Os estilos de vida modernos e o aumento da renda disponível”, somado à falta de “estratégias eficientes” por parte dos países para conter a epidemia, afirma o estudo, agravarão o problema: “Os números aumentarão com o crescimento da renda nos países de baixa ou média renda”, conclui Murray.
Tags: EUA brasil México somam metade dos obesos do planeta diz estudo epidemia
El País Brasil 29 Mai de 2014 - 20:48
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Foto: AP
Duas mulheres obesas conversam em Nova York
A epidemia de sobrepeso e obesidade avança desenfreada pelo mundo afora e já atinge 2,1 bilhões de pessoas no planeta, quase um terço da população mundial, segundo um estudo publicado quinta-feira na revista médica The Lancet. O texto alerta que, entre 1980 e 2013, os índices de obesidade em adultos passaram de 28,8% para 36,9% nos homens, e de 29,8% para 38% nas mulheres em todo o mundo. O índice de massa corporal de pessoas com sobrepeso oscila entre 25 e 30, enquanto o dos obesos é superior a 30.
O estudo, realizado pelo Instituto de Medições Sanitárias (IHME, na sigla em inglês) da Universidade de Washington, com dados colhidos em 188 países durante os últimos 30 anos, confirmou um aumento “significativo e generalizado” de pessoas obesas e com sobrepeso desde 1980, quando o número total era de 857 milhões. “Em 30 anos, nenhum país conseguiu reduzir os números da obesidade”, diz Christopher Murray, diretor do IHME.
De acordo com a pesquisa, a epidemia desacelerou entre os adultos dos países desenvolvidos, mas tende a se deslocar para os jovens. A parcela de crianças e adolescentes com este problema aumentou quase 50% em todo o mundo desde 1980. Em 2013, tinham sobrepeso ou obesidade 23,8% dos meninos e 22,6% das meninas dos países desenvolvidos. A prevalência da epidemia também cresceu nos jovens dos países em desenvolvimento, alcançando 12,9% dos meninos e 13,4% das meninas em 2013. “A obesidade é um problema que afeta pessoas de todas as idades e rendas em qualquer lugar”, diz Murray. O informe indica que, nos países desenvolvidos, a obesidade afeta mais os homens, enquanto nas áreas em desenvolvimento, a epidemia tem mais incidência entre as mulheres.
Com 13% da população mundial de obesos, os Estados Unidos são o país com maior número de pessoas nessa condição. EUA, Brasil e México somam a metade do total mundial.
Na Espanha, a obesidade ou o sobrepeso afeta 27% dos jovens do sexo masculino abaixo de 20 anos, e 23,8% das jovens nessa idade. Em adultos, as cifras sobem para 62,3% dos homens e 46,5% das mulheres.
Os pesquisadores calculam que a epidemia causou 3,4 milhões de mortes em 2010 e as expectativas não parecem otimistas. “Os estilos de vida modernos e o aumento da renda disponível”, somado à falta de “estratégias eficientes” por parte dos países para conter a epidemia, afirma o estudo, agravarão o problema: “Os números aumentarão com o crescimento da renda nos países de baixa ou média renda”, conclui Murray.
Tags: EUA brasil México somam metade dos obesos do planeta diz estudo epidemia
segunda-feira, 5 de maio de 2014
A importância da dopamina para sua vida
29/06/2012
A dopamina é o neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer
É importante conhecer a dopamina, uma vez que, não só o prazer, mais diversas coisas dependem dela
Descoberta há apenas meio século pelos químicos suecos Arvid Carlsson e Nils-Ake Hillarp, a dopamina foi descoberta por não ser somente responsável pelas sensações de prazer. Portanto, mesmo que você não esteja estudando para o vestibular, é importante conhecer a dopamina, uma vez que, não só o prazer, mais diversas coisas dependem dela.
» O que mais cai nas questões de química do Enem » Os 10 temas que mais caem na prova de biologia do Enem » Substância química que causa câncer e é usado em plásticos
Ela está relacionada com a coordenação dos movimentos musculares, na tomada de decisões e na regulação da memória. Sem ela, não sentiríamos curiosidade nem motivação.
Entenda a importância da dopamina para sua vida:
A importância da dopamina para sua vida - 1. Personalidade
Você se considera tímido, extrovertido? Inseguro, valente? Segundo estudo realizado por pesquisadores da Clínica Universitária Charité de Berlim e publicado na revista Nature Neuroscience em 2008, a quantidade de dopamina que contém a amídala cerebral de uma pessoa pode definir se ela é tranquila e segura de si mesmo (características relacionadas com a baixa concentração de dopamina) ou se é medrosa eestressada (características relacionadas com a alta concentração de dopamina).A importância da dopamina para sua vida - 2. Sobrepeso
As pessoas obesas têm menos receptores de dopamina em seus cérebros. Portanto, precisam comer em maior quantidade para compensar esse déficit e sentir a mesma satisfação que os outros, segundo estudo publicado há pouco na revista Science.A importância da dopamina para sua vida - 3. Paixão pelo risco
Usando técnicas de neuroimagem, estudiosos demonstraram que quanto maior a paixão pelo risco e adrenalina de uma pessoa, maior é o número de receptores de dopamina que existem em seu cérebro. Assim, esse indivíduo se sente mais satisfeito e motivado.A importância da dopamina para sua vida - 4. Criatividade
De acordo com artigo publicado recentemente na revista PloS ONE, as pessoas criativas têm menos receptores de dopamina no tálamo, zona do cérebro encarregada de filtrar os estímulos que chegam ao córtex cerebral. Isso impede que se filtrem alguns sinais do cotidiano e aumenta o fluxo de informação para o cérebro, o que permite estabelecer conexões entre conceitos que nem todos realizam.A importância da dopamina para sua vida - 5. Memória
A dopamina também controla a duração da memória. Ou seja, se uma informação se conversa durante somente 10 ou 12 horas no cérebro e desaparece ou se perdura por mais tempo. Se consideramos importante o que aprendemos, a dopamina ativa o hipocampo, para que este arquive a informação. Por outro lado, se o que aprendemos não nos satisfaz, a memória se dilui.
Autor: Universia Brasil